domingo, 25 de novembro de 2007

Avô Cantigas em entrevista ao "Gatafunho"

Este é um dos assuntos da próxima edição em papel do "Gatafunho", a publicação do Agrupamento de Escolas Álvaro Viana de Lemos, da Lousã. Enquanto o n.º 10 não sai, aqui ficam na íntegra dois textos sobre o Avô Cantigas, personagem desempenhada por Carlos Alberto Vidal, que passou a sua infância na Lousã. As perguntas foram colocadas ao intérprete de "Fantasminha Brincalhão" pelos alunos da EB1 do Freixo (4.º D) e pelos meninos e meninas do Jardim-de-Infância das Levegadas.

Ana Rute Henriques e Samuel Colaço (4.º D – EB1 do Freixo):
Quantas cantigas já compôs na sua carreira?
Avô Cantigas - Na minha carreira, que já conta com 34 anos decorridos terei composto cerca de 300 músicas. Este número tem a ver com os discos que gravei e também com outras oportunidades que tive para escrever canções que por este ou por aquele motivo não foram editadas.

Inês Santos (4.º D – EB1 do Freixo):
Qual foi a primeira música da sua carreira?
Avô Cantigas - A primeira música da minha carreira chama-se “As Filhas da Tia Anica”. Foi também o meu primeiro disco que saiu em 1973.

Lisandra Morgado (4.º D – EB1 do Freixo):
Qual é a música que gosta mais de cantar?
Avô Cantigas
- Gosto de cantar muitas músicas de épocas diferentes. Aquela que mais me toca é a “Cantiga do Avô Cantigas” talvez por ser a primeira que gravei na qualidade de Avô Cantigas e por ser um cartão de visita dessa personagem. É uma cantiga que neste ano de 2007 faz 25 anos de idade.

Luís Cunha (4.º D – EB1 do Freixo):
Qual é o seu nome verdadeiro?
Avô Cantigas - O meu nome verdadeiro é Carlos Alberto Vidal Filipe.

Pedro Adão (4.º D – EB1 do Freixo):
Quantos anos tem?
Avô Cantigas - Tenho 53 anos de idade.

Pedro Antunes (4.º D – EB1 do Freixo):
Quando é que vem dar um concerto à Lousã?
Avô Cantigas
- Dar um concerto na Lousã não depende só de mim. Estarei pronto para cantar para os meus netinhos lousanenses quando alguém se lembrar de organizar o evento; por exemplo a Câmara Municipal. Quem sabe, talvez em 2008.

Pedro Duarte (4.º D – EB1 do Freixo):
Avó Cantigas, por que é que escolheu esse nome artístico?
Avô Cantigas - Escolhi o nome de Avô Cantigas porque o avô é uma figura na família que tem sempre muito carinho para dar aos seus netos; tem sempre muita paciência e montes de histórias para contar. Sendo assim, pensei que se fosse um avô teria também o carinho e a amizade de todos.

Rafael Ferreira (4.º D – EB1 do Freixo):
Qual é a música de que gosta mais, das que já compôs?
Avô Cantigas
- A essa pergunta não posso responder em concreto. Como disse, já escrevi centenas de canções e são todas como filhos de quem gostamos por igual. Algumas ficaram mais bonitas do que outras mas na altura de as escrevermos damos sempre o nosso melhor, talvez por isso goste de todas sem estabelecer concorrência entre elas.

Rodrigo Machado (4.º D – EB1 do Freixo):
É verdade que tem um fantasma verdadeiro que está representado na sua música?
Avô Cantigas
- O Fantasminha Brincalhão que está representado na minha cantiga não é verdadeiro. É um desenho animado. Mas é claro que se quisermos pôr a nossa imaginação a funcionar podemos sempre acreditar que ele é um fantasma de verdade; só que este é muito simpático e gosta muito de brincar.

Ruben Rodrigues (4.º D – EB1 do Freixo):
Tem netos? Canta para eles?
Avô Cantigas - Ainda não tenho netos de verdade. Tenho dois filhos: um com 20 anos e o outro com 24 anos. Talvez um dia eles me dêem netos para depois eu também lhes cantar as minhas músicas.

Samuel Cortês (4.º D – EB1 do Freixo):
Os seus filhos ou netos participam nas suas músicas?
Avô Cantigas
- Os meus filhos também gostam muito de música. Tocam os dois guitarra mas até hoje ainda não participaram em discos meus. Às vezes eles assistem a espectáculos meus e, claro está, também cantam como fazem os meus netinhos que estão a assistir à festa.

Victor Gonçalves (4.º D – EB1 do Freixo):
Quando é que vai editar outro CD?
Avô Cantigas - Vou editar outro cd em 2008. Espero que venha a ter tanto sucesso como teve o Fantasminha Brincalhão.

Quantos discos já editou até agora?
Avô Cantigas - Até agora já editei 28 discos.

Se não fosse cantor, o que teria sido?
Avô Cantigas - Se não tivesse sido cantor não sei o que teria sido. Eu gosto muito de desporto e não me admirava que tivesse enveredado por uma carreira desportiva profissional mas não posso ter a certeza absoluta se teria sido assim caso a minha vida tivesse sido algo de diferente da vida artística.

Que tipo de aluno era o Avô Cantigas quando andava na Escola Primária?
Avô Cantigas
- Quando andava na escola primária eu era um bocado distraído. Às vezes o meu professor tinha que me chamar a atenção. A minha escola era na Lousã e eu ainda me lembro muito bem desse tempo. Foi maravilhoso. Embora fosse, como disse, um bocado “cabeça no ar”, não fui mau aluno.

Que recordações tem da sua professora?
Avô Cantigas - Tive três professores na escola primária. Lembro-me que eles eram todos meus amigos e ensinavam duma forma agradável de seguir. Foram pessoas importantes na minha vida pois foram as primeiras a conduzir a minha formação escolar. Às vezes tenho saudades desse tempo.

Há vinte anos, quando o Avô Cantigas era o Dom Bactério

Guardo como relíquia no meu pequeno centro de recursos pessoal uma velha cassete VHS que contém um vídeo de Educação para a Saúde sobre o tema “Higiene Oral” e em que Carlos Alberto Vidal (Avô Cantigas) desempenha o papel de um alegre e simpático dentista, que no seu consultório (um dos cenários do teatro) canta uma canção que fica na memória de crianças e adultos como todas as suas canções.
O outro cenário é passado dentro de uma boca gigante – a boca do João onde dona Cárie e dom Bactério cavam grandes buracos, pois o João não tinha cuidado com a sua higiene oral.
Trata-se de um filme dos anos oitenta muito pedagógico e muito do agrado das crianças.
Na manhã que dedicámos a esta temática, e depois da visualização do filme as crianças formularam questões que querem colocar a Carlos Alberto Vidal, porque sabem que o “Gatafunho” vai contar com a sua presença.
Maria Emília Taborda
(Educadora de Infância)


No filme que nós vimos, o senhor tinha bigode preto, cabelo preto, era magro e usava óculos, ainda é assim na vida real? (Mariana Correia – 5 anos)
Avô Cantigas - Passaram muitos anos e eu mudei um pouco. O meu bigode já não é preto, agora é grisalho. Também o meu cabelo ficou menos castanho e já começou a cair um pouco; sinais da idade. Continuo a usar óculos; já os uso desde os 6 anos. Estou um bocado mais pesado, ou seja, com o passar do tempo engordei um pouco mas não me considero uma pessoa gorda.

Lembra-se de ter feito o filme do Bactério e da Cárie? (Miguel Lindim – 5 anos)
Avô Cantigas - Lembro-me muito bem de ter feito o filme “Cárie e Bactério”. Foi uma experiência profissional muito interessante.

O senhor já foi dentista, ou foi só no “nosso” filme? (Eduardo Moreira – 5 anos)
Avô Cantigas - Nunca fui dentista. Só no filme é que representei esse papel. Foi tudo teatro, ou seja, a fingir.

A canção “Dói o dente, dói o dente, que mau que é, que mau que é!”, foi o senhor que inventou? (Bárbara Bernardo – 5 anos)
Avô Cantigas - Sim, fui eu que inventei a canção “Dói o dente dói o dente”. A música e a letra.

Eu tenho um DVD do Avô Cantigas, e as minhas canções preferidas são o Popó do Papá e o Palhaço Baralhadaço, mas gostava de saber se já cantava como Avô Cantigas e quando fez este filme. (Eduardo Moreira – 5 anos)
Avô Cantigas - Quando fiz o “Cárie e Bactério” ainda não era Avô Cantigas. Fiz este filme na primeira parte da minha carreira, quer dizer, antes de 1982.

Quantos anos tinha quando fez o filme em que cantava “Dói o dente, dói o dente”? (Mariana Correia – 5 anos)
Avô Cantigas - Quando fiz o filme devia ter talvez 23 anos. Não tenho bem a certeza, pois já foi há muito tempo.

Por que é que se chama “Avô Cantigas”? (Filipa Correia – 5 anos)
Avô Cantigas - Chamo-me Avô Cantigas porque foi esse o nome escolhido para essa personagem que actualmente represento. AVÔ porque é um membro da família muito querido por todos e CANTIGAS porque o meu trabalho é cantar canções para os meus netinhos.

Gostava de saber se também já escreveu livros. (Lara Conde – 4 anos)
Avô Cantigas - Nunca escrevi nenhum livro mas gostava de ser capaz. Eu sou músico, não sou escritor. Já escrevi vários textos, mas isso é diferente de escrever um livro.

Gostávamos muito de o conhecer para lhe darmos beijinhos e abraços. Assim enviamos muitos beijinhos e abraços dos meninos e meninas do Jardim de Infância de Levegadas.

domingo, 11 de novembro de 2007

Projecto “Bichos e Bichinhos”

Integrado num dos grandes projectos do Plano Anual de Actividades do Jardim-de-Infância das Levegadas “Conhecer a Serra da Lousã – Flora (Árvores predominantes) e Fauna (Animais predominantes)", o Projecto "Bichos e Bichinhos" começou a ser trabalhado pelas meninas e meninos, aproveitando o facto de no dia 4 de Outubro se ter comemorado o Dia do Animal.
Os objectivos são os seguintes: desenvolver o sentimento de respeito pelos Animais; promover o interesse pela protecção de espécies mais vulneráveis; promover o sentimento de que os animais têm direitos; e educar para o respeito pela biodiversidade.
No blog do "Gatafunho", damos a conhecer alguns dos trabalhos já desenvolvidos. Na próxima edição em papel do "Gatafunho", com data de publicação prevista para o mês que vem, voltaremos a este assunto. Para já, damos a palavra a alguns meninos. São eles que falam dos seus animais de estimação.

A Bárbara fala aos colegas dos seus animais de estimação: O Chito, o Riscas, o Fofinho e a Nampula

O Chito é um cão. Ele tem uma casota para dormir.
Ontem ele fez xixi na taça do comer, e o meu pai ralhou.
Ele é simpático e tem uma língua de fora e um nariz castanho.
Ele está preso para não morrer, porque pode ir para a estrada.

O meu gato é o Riscas. Às vezes deita-se no chão e rebola. Ele é guloso, come comida de gato e outras vezes come os restos do jantar.
Ele às vezes mia a dizer: - Quero comida, quero comida!
Outras vezes, quando ele diz miau é porque diz ao Chito e ao Fofinho – “Vocês estão presos e eu estou solto!”
Dorme numa caixa na varanda.

O Fofinho é um cão pequeno. Um senhor deu à minha avó Maria e agora está lá em casa.

A Nampula é uma macaca e está em casa da minha avó. Foi o tio Vítor que trouxe. Quando ela veio, logo no primeiro dia, subiu para um poste, ela sobe para cima de tudo, até para o telhado, e agora está presa.
Ela às vezes cata o cão, é tão engraçada!
Bárbara, 9 de Outubro de 2007

sábado, 10 de novembro de 2007

A Filipa fala aos colegas dos seus animais de estimação: A Vitória, a Esperança, a Tica e o Tico

Os gatos são dois, um é todo preto, e o outro é branco e castanho, chamam-se Tico e Tica. Eles não precisam de tomar banho, porque os gatos lavam-se com as suas línguas. Os olhos são diferentes de dia e de noite. De noite parece que aquela coisa branca dá luz. A cadela é grande e forte, chama-se Vitória e tem os olhos azuis A cabrita Esperança chama-se assim, porque a minha madrinha escolheu o nome. A avó queria que ela se chamasse Maria e agora a madrinha diz que ela é Esperança Maria.
Quando vou a correr, ela vai atrás de mim. Ela tem um sino ao pescoço que é para a minha madrinha saber se ela está lá fora ou cá dentro.
Ela levanta o pescoço quando lhe faço cócegas.
Filipa, 8 de Outubro de 2007

O Miguel fala aos colegas sobre os seus animais de estimação, o Bicas, o Becas e o Tico

- O meu cão Bicas é branco. Para mim é velho, porque é mais velho do que eu. Tem sete anos. Não tem rabo coto.
Eu estou sempre a sacudir as moscas dele com o abano da fogueira.
Para correr é um doidinho.
Sei estas coisas do cão porque me contaram, eu estava dentro da barriga da minha mãe.
- O meu gato Becas é filho da minha gata Bicas.
A minha mãe esqueceu-se de fechar a porta e a gata fugiu, subiu a subida e o carro atropelou-a. Na fotografia, sou eu a dormir com o Becas. Ele é meu amigo e é muito querido. Ele não me arranha e faz ronron quando tem sono ou está mais calmo.
Miguel

Perguntas feitas pelos colegas depois da apresentação feita pelo Miguel:

Lara: - O Becas tem as unhas para dentro?
Miguel: às vezes tem, outras não, acho que é quando está zangado.
Margarida: - O Becas tem as orelhas para cima ou tombadas para baixo?
Miguel: - Quando salta é que vão para cima.
João: - Tem patas?
Miguel – Claro, é um gato!
Mariana – não é uma pergunta o que eu vou fazer, mas é que disseste que o teu cão era velho, eu acho que é uma mistura de adolescente com adulto.

A Mariana fala aos colegas sobre o seu gatinho de estimação, o Neco


- O meu animal é um gato e chama-se Neco.
Ele foi para minha casa com três meses.
Ele tem um rabo que se chama rabo coto… há pessoas que cortam rabos aos gatos e aos cães, mas este não, este nasceu mesmo assim! Os rabos dos outros gatos têm este tamanho (explicava alongando os braços para os lados), mas o meu tem este (explicava fechando mais os braços).
O meu gatinho tem o pêlo curtinho, na revista que vi com a minha mãe para saber mais sobre gatos, vi que há gatos parecidos com o meu, e alguns tinham pêlo mais comprido.
O meu gatinho é branco, mas a testa e as orelhas são cinzentas, o rabo é preto. Tem olhos azuis, mas nas fotografias ficam vermelhos, eu nunca percebi porquê!
As patinhas são redondinhas e fofas. Tem as unhas para dentro e só saem se agente apertar, parece magia!
A minha mãe até lhe cortou as unhitas para ele não arranhar.
Os meus braços são finitos e ele ao meu colo às vezes mia, sabem…ele como ainda é pequeno tem medo de cair. Nos braços da minha mãe ele não mia, porque ela tem os braços grossos e ele sente-se bem.
Eu penteio o meu gato com uma escova, e quando eu estou a lavar os meus dentes, ele olha para mim e vê como eu faço!
Dorme num cestão enorme, porque ele é tão pequeno!.
A minha mãe deixa-o ir lá fora, mas só às vezes, porque ele pode apanhar pulgas.
Ele também gosta de brincar com uma bola e de se esconder nos armários.
Mariana, 1 de Outubro de 2007

O Eduardo fala aos colegas sobre o seu cão Turbulento

- O meu cão chama-se Turbulento. É branco e preto. Ele come daquilo que agente come lá em casa, e nesse dia come ossos, ou então come ração. Ele é muito querido, não me faz nada quando lhe dou a comida, ele até se afasta e espera, só depois é que vai comer.
Eu já disse que ele está preso, mas às vezes solta-se e vai passear comigo.
Outras vezes, quando os pais o soltam ele anda sempre atrás de mim. A minha mãe diz que ele não pode estar solto por muito tempo, porque uma vez quando o soltaram saiu em grande velocidade e fugiu para dentro de casa que até foi ter à casa de banho e levou tudo à frente, eu acho que ele ia ver de água para beber!
Os cães ficam contentes quando fazemos coisas boas, e até ladram de alegria. Às vezes eu digo ao meu cão:
- Ai bichinho querido! Muito querido!
Ele ouve aquelas palavras e lambe-me todo.
Se o meu cão está triste tem a língua para dentro e se está contente tem a língua para fora, também abana o rabo de contente.
Eu brinco muito com ele, e ele põe-se a andar à volta, à volta, à volta até ficar tontinho e cai para o lado.
Eduardo, 3 de Outubro de 2007

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Depois do jornal, chega a vez do blog!

O "Gatafunho", jornal do Agrupamento de Escolas Álvaro Viana de Lemos, prepara-se para ter o seu blog. Muito em breve, aqui publicaremos conteúdos referentes às escolas do 1.º Ciclo que pertencem ao Agrupamento Álvaro Viana de Lemos, da Lousã.
Para além de publicar as notícias, os desenhos e as opiniões que, por falta de espaço, não forem publicadas no jornal "Gatafunho", este blog tem como principal objectivo complementar a edição em papel. Ficamos à espera do vosso contributo.