quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Visita ao património histórico da Lousã

No dia 2 de fevereiro, as duas turmas do 3º ano e o 4ºH resolveram descobrir o que a Lousã tem de mais belo para mostrar.
Em primeiro lugar, visitámos a Casa da Quinta de Santa Rita, uma das muitas casas senhoriais existentes no nosso concelho. Reparámos no pormenor das cantarias das janelas talhadas em pedra e nas conchas ou vieiras, sem esquecer o brasão da família proprietária daquela casa construída em 1789.
Aprendemos que a imagem de Santa Rita de Cássia, venerada em Itália, foi trazida para a Lousã por uma família daquele país mediterrânico.
Mais à frente, vimos as instalações da Fábrica de Alcatifas, em tempos uma das mais importantes no concelho. Por isso foi dado o nome do industrial José Carvalho a uma rua.
A seguir, rumámos ao centro da vila e passámos pelo antigo consultório do Dr. Alcino Simões Lopes, mais conhecido por ser o médico dos pobres, uma vez que ele não cobrava nada aos mais necessitados. Por esse motivo, este ilustre lousanense tem uma estátua no jardim municipal.
Ali perto fica a biblioteca municipal que tem o nome de outra personalidade lousanense, o do comendador  Montenegro. Foi graças a este benemérito que a Lousã teve o seu primeiro hospital, teatro e biblioteca.
Seguidamente, apreciámos os candeeiros dos paços do concelho desenhados por Carlos Reis, o mesmo autor do quadro “A Lenda da Princesa Peralta”, que está exposto no salão nobre. Vítor Maia e Costa da Biblioteca Municipal, recebeu-nos naquele espaço e contou-nos uma das muitas versões da lenda da princesa Peralta. Em frente ao quadro de Carlos Reis, está uma outra tela do seu filho, João Reis. Trata-se de um tríptico (três partes, em que estão representados os valores do trabalho, família e  religião). Vítor Maia e Costa também nos explicou o significado do brasão da Lousã. Aprendemos assim que os quatro castelos se referem a uma vila e que o rodízio significa que a Lousã está ligada à produção de papel. O molho de trigo quer dizer que o nosso concelho é fértil e que a agricultura é uma das principais ocupações da população. Os cursos de água, entre os quais o rio Ceira, também estão representados no brasão.
Outro monumento que é obrigatório visitar é o pelourinho situado nas traseiras dos paços do concelho. Foi graças ao professor Álvaro Viana de Lemos, outro ilustre lousanense, que este marco de pedra foi recuperado. Uma nota curiosa: a ponta do pelourinho, que é constituída por quatro faces, andou a servir de badalo a um sino.
A terminar a nossa visita, passámos pela Igreja Matriz que foi construída entre 1872 e 1882, mas só em 1921 é que ela ficou concluída.
Apreciámos ainda aquele que é considerado o monumento mais antigo da Lousã: a capela da Misericórdia, que data de 1568. Uns metros acima, encontramos o Palácio dos Salazares ou da Viscondessa do Espinhal, agora transformado num hotel. Foi naquele edifício do início do século XIX que esteve hospedado o Duque de Wellington. Foi este inglês que comandou as tropas luso-inglesas contra os soldados franceses, derrotando-os em Foz de Arouce, em 1811.
Antes de regressarmos à escola, observámos ainda as belas fachadas da casa nobre setecentista da família dos Almeidas Serras e da Quinta do Cano.
4.ºH -  EB1 com JI de Santa Rita