Texto original de Tiago Oliveira e Gabriel Correia
( 4.º A - EB1 com JI de Santa Rita – Lousã)
Havia numa terra não muito longe daqui, ali
para os lados do sol posto, um castelo que muitos diziam ser assombrado. Sempre
que chegava o Dia das Bruxas, os meninos e meninas iam pedir doces ao castelo.
As crianças ouviam uma voz horripilante, assustavam-se e fugiam com medo para casa.
Certo dia, as crianças foram ao castelo durante
o dia para investigar, mas, mal viram um esqueleto, começaram a correr a sete
pés e só pararam na esquadra da polícia, onde se foram queixar. Os polícias
foram de imediato até ao castelo assombrado. O castelo, além de ser assombrado,
era também mágico. Os polícias inspecionaram todas as divisões e, como não
encontraram nada de anormal, olharam severamente para as crianças e disseram-lhes:
- Mas vocês andam a gozar connosco? Vá,
digam-me lá os vossos nomes.
E os meninos lá responderam:
- Nós somos o João, a Sofia, o Luís e a Simone.
Os polícias foram-se embora, mas as crianças decidiram
ficar ali a noite toda, à espreita. Sabiam que há muitos anos ali tinha vivido
uma bruxa muito má que não gostava nada de crianças. Dizia-se que o espírito da
bruxa vagueava pelas divisões do castelo assombrado. O João sabia a história de
cor e contou-a à irmã e aos primos:
- Naquele tempo, o castelo não era assombrado.
Era de uma linda princesa que vivia com o seu pai, mas um dia veio uma bruxa
que assombrou o castelo e depois ela ficou com ele.
Quando o João contou essa história, os primos e
a irmã ficaram com medo e, a partir daí, nunca mais quiseram ir sozinhos ao
castelo. No dia seguinte, conheceram um menino muito corajoso e fizeram-lhe a
seguinte proposta:
- Queres brincar connosco no castelo assombrado?
– perguntou a Sofia.
- Claro que quero ir convosco ao castelo.
Vamos, estou preparado para uma grande aventura! – respondeu o rapaz.
E lá
foram ao castelo com o objetivo de descobrir pistas. Joaquim, assim se chamava
o jovem, disse a brincar:
- Isto é muito assustador! – mas na verdade
nada o amedrontava.
Os meninos foram então investigar o castelo
assombrado. No princípio, nada abalou a confiança das crianças, até que ouviram
uma voz assustadora. Ainda assim, não fugiram.
- Desta vez não vamos ter medo. Por isso,
mostre a sua cara! – gritou o Joaquim.
Ouviu-se uma voz aguda semelhante à de uma bruxa:
- Vão-se embora daqui!
Cheio de coragem, o Joaquim respondeu,
desafiador:
- Daqui não saímos, daqui ninguém nos tira!
Foi então que a bruxa desatou a rir, mas o riso
já não era assustador. Parecia feliz, como que aliviada e, à medida que ria, o
seu rosto foi mudando de feições até revelar a cara de uma jovem. Também as
suas roupas se transformaram e ali ficou à frente das crianças a mais bela de
todas as princesas. Não queriam acreditar no que estava ali a acontecer à sua
frente.
- Quem és tu? – perguntou, boquiaberto, o
Joaquim, enquanto as outras crianças se escondiam atrás dele.
- Sou a princesa que a bruxa um dia amaldiçoou
e há muito que esperava por este dia.
- Mas como aconteceu esta transformação?
- A maldição duraria enquanto houvesse medo. No
dia em que aparecesse alguém corajoso e capaz de me desafiar, o feitiço
quebrar-se-ia – explicou a princesa – e foste tu quem acabou com a maldição,
pelo que te estou eternamente agradecida.
A princesa e as crianças tornaram-se amigas e o
castelo é hoje um dos monumentos mais visitados da região, uma vez que todos o
procuram pelo seu lado sombrio e assustador, mas sem a bruxa que afugentava quem
quer que se aproximasse do sítio.
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