sexta-feira, 4 de março de 2016

O Mistério do Castelo Assombrado (conto original)


Texto original de Tiago Oliveira e Gabriel Correia 
(4.º A - EB1 com JI de Santa Rita – Lousã)

Havia numa terra não muito longe daqui, ali para os lados do sol posto, um castelo que muitos diziam ser assombrado. Sempre que chegava o Dia das Bruxas, os meninos e meninas iam pedir doces ao castelo. As crianças ouviam uma voz horripilante, assustavam-se e fugiam com medo para casa.
Certo dia, as crianças foram ao castelo durante o dia para investigar, mas, mal viram um esqueleto, começaram a correr a sete pés e só pararam na esquadra da polícia, onde se foram queixar. Os polícias foram de imediato até ao castelo assombrado. O castelo, além de ser assombrado, era também mágico. Os polícias inspecionaram todas as divisões e, como não encontraram nada de anormal, olharam severamente para as crianças e disseram-lhes:       
- Mas vocês andam a gozar connosco? Vá, digam-me lá os vossos nomes.
E os meninos lá responderam:
- Nós somos o João, a Sofia, o Luís e a Simone.
Os polícias foram-se embora, mas as crianças decidiram ficar ali a noite toda, à espreita. Sabiam que há muitos anos ali tinha vivido uma bruxa muito má que não gostava nada de crianças. Dizia-se que o espírito da bruxa vagueava pelas divisões do castelo assombrado. O João sabia a história de cor e contou-a à irmã e aos primos:
- Naquele tempo, o castelo não era assombrado. Era de uma linda princesa que vivia com o seu pai, mas um dia veio uma bruxa que assombrou o castelo e depois ela ficou com ele.
Quando o João contou essa história, os primos e a irmã ficaram com medo e, a partir daí, nunca mais quiseram ir sozinhos ao castelo. No dia seguinte, conheceram um menino muito corajoso e fizeram-lhe a seguinte proposta:
- Queres brincar connosco no castelo assombrado? – perguntou a Sofia.
- Claro que quero ir convosco ao castelo. Vamos, estou preparado para uma grande aventura! – respondeu o rapaz.
 E lá foram ao castelo com o objetivo de descobrir pistas. Joaquim, assim se chamava o jovem, disse a brincar:
- Isto é muito assustador! – mas na verdade nada o amedrontava.
Os meninos foram então investigar o castelo assombrado. No princípio, nada abalou a confiança das crianças, até que ouviram uma voz assustadora. Ainda assim, não fugiram.
- Desta vez não vamos ter medo. Por isso, mostre a sua cara! – gritou o Joaquim.
Ouviu-se uma voz aguda semelhante à de uma bruxa:
- Vão-se embora daqui!
Cheio de coragem, o Joaquim respondeu, desafiador:
- Daqui não saímos, daqui ninguém nos tira!
Foi então que a bruxa desatou a rir, mas o riso já não era assustador. Parecia feliz, como que aliviada e, à medida que ria, o seu rosto foi mudando de feições até revelar a cara de uma jovem. Também as suas roupas se transformaram e ali ficou à frente das crianças a mais bela de todas as princesas. Não queriam acreditar no que estava ali a acontecer à sua frente.
- Quem és tu? – perguntou, boquiaberto, o Joaquim, enquanto as outras crianças se escondiam atrás dele.
- Sou a princesa que a bruxa um dia amaldiçoou e há muito que esperava por este dia.
- Mas como aconteceu esta transformação?
- A maldição duraria enquanto houvesse medo. No dia em que aparecesse alguém corajoso e capaz de me desafiar, o feitiço quebrar-se-ia – explicou a princesa – e foste tu quem acabou com a maldição, pelo que te estou eternamente agradecida.

A princesa e as crianças tornaram-se amigas e o castelo é hoje um dos monumentos mais visitados da região, uma vez que todos o procuram pelo seu lado sombrio e assustador, mas sem a bruxa que afugentava quem quer que se aproximasse do sítio.

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