quinta-feira, 17 de março de 2016

O Furacão que Mudou Vidas (conto original)


Texto original de Francisco Barreleiro e André Marques (4.º A)
EB1 com JI de Santa Rita – Lousã

Esta é a história de um senhor que passava o seu tempo a cultivar alimentos. Um dia, sem que ninguém previsse, passou pela sua casa e horta um grande furacão. Naturalmente, quando o senhor Diogo – assim se chamava o nosso agricultor - foi à horta, ele ficou arrasado por não encontrar nada daquilo que, na véspera, era o seu orgulho e fruto do seu esforço.
- Ai meu Deus, a minha casa e a minha horta foram levadas por um furacão! – assim se lamentava o senhor Diogo, acreditando que a esta hora, habitação e horta já teriam chegado à China.
Tratou logo de chamar os amigos: o mágico, o cavaleiro e o cientista. E lá foram todos para junto do senhor Diogo. Prepararam as malas e lá seguiram o seu palpite: apanharam um avião direto para a China! Ao fim de muitas horas de voo e depois de apreciarem a Grande Muralha da China, viram finalmente o que tanto procuravam:
- Ali estão a casa e a horta, vamos lá! – exclamou o senhor Diogo.
Chegados ao local, o senhor Diogo, o mágico, o cavaleiro e o cientista preparavam-se para entrar na casa, quando alguém gritou:
- Não podem entrar! – eram os chineses. Um deles ainda acrescentou:
- Desafio um de vocês para um combate de karaté e quem ganhar recebe a horta e a casa. O combate começa daqui a três dias.
Quando chegou o dia do desafio, o mágico fez uma magia e… abracadabra! O senhor Diogo tinha um escudo invisível que o protegia de qualquer agressão. Por mais poderoso que fosse o seu adversário e por mais que lhe batesse, nada aconteceria ao senhor Diogo. E assim aconteceu. Vencido pelo cansaço, o chinês acabou por desistir, mas como tinha mau perder, respondeu desta forma:
- Não te vou devolver a tua casa e a horta!
O mágico voltou a intervir, transformando o guerreiro chinês num querido, fofo e inofensivo panda e foi assim que recuperaram a casa e a horta em definitivo.
Quando chegou a casa, o senhor Diogo ficou desolado com o que viu: na horta estava tudo murcho. O mágico não resistiu e, mais uma vez, voltou a usar a varinha de condão e… abracadabra! A horta ficou viçosa como era.
Entretanto, o senhor Diogo e os seus amigos foram descobrindo os encantos daquela terra longínqua. A tal ponto que acabaram por querer viver para sempre naquele país asiático. O mágico fez um escudo à volta da horta e da casa e, desta forma, resolveram um problema que os apoquentava: os altos índices de poluição. Assim, a horta e a casa ficaram protegidas numa primeira fase.
A seguir, foi a vez de o cientista fazer alguma coisa: num abrir e fechar de olhos, construiu uma máquina para acabar de vez com a poluição. O governo chinês ficou eternamente agradecido ao cientista. Por sua vez, o cavaleiro foi convidado a dar aulas de equitação aos chineses, já que andar a cavalo era bem mais ecológico do que usar o automóvel.
Quanto ao senhor Diogo, apostou ainda mais na agricultura, especialmente na produção de arroz biológico. E foi um sucesso, já que não há chinês que não goste de arroz. Abriu também um restaurante, onde, certo dia, aconteceu uma coisa divertida: não é que um dos seus clientes estava a comer uma deliciosa sopa de peixe e, sem mais nem menos, o principal ingrediente saiu disparado para o ar!? O Diogo ainda tentou apanhar o peixe para o devolver ao cliente do restaurante, mas por mais que tentasse não conseguiu. Foi outra vez precisa a intervenção do mágico para resolver a situação. Abracadabra! O peixe ficou preso numa bolha de água e, a voar, foi parar ao rio mais próximo.

Seja como for, a vida correu às mil maravilhas a estes amigos. Bendito aquele furacão que levou a casa e a horta do senhor Diogo para o outro lado do mundo!

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