sexta-feira, 27 de abril de 2012

O Menino que Falava com as Estrelas (conto original)


Desenho de Cátia Ferreira

Há muito, muito tempo, numa altura em que havia oxigénio no espaço, um menino chamado Pedro passava muito do seu tempo a descobrir planetas e a conversar com as estrelas.
Certo dia, o rapaz ouviu um pedido de socorro que vinha da Terra. Aproximou-se do planeta e ficou a saber que os insetos precisavam de ajuda, pois estavam a desaparecer.
Além de conhecer a língua das estrelas, o Pedro também sabia comunicar com os insetos. Junto de um grupo de borboletas, fez a seguinte pergunta:
- O que se passa convosco? Porque me pediram ajuda?
- Os humanos andam a apanhar-nos a todas e a fazer experiências horríveis connosco – respondeu, soluçando, a Arco-Íris, uma bonita borboleta com as mais belas cores alguma vez vistas.
- Mas que tipo de experiências são essas? – perguntou o Pedro.
- Os homens querem o nosso ADN para saberem as nossas fraquezas. Também ouvimos dizer que querem misturar o nosso ADN com o dos humanos e assim permitir aos homens e mulheres voarem como nós.
- O quê?! Mas que estupidez! Vou impedi-los de fazerem tamanha barbaridade! – exclamou o Pedro.
E lá foi o rapaz, a alta velocidade, em direção a um laboratório subterrâneo, onde os humanos tinham feito reféns borboletas, abelhas, mosquitos, melgas, moscas e todo o tipo de insetos que existiam na Terra.
Furtivamente, o Pedro penetrou nas instalações da ADNInsectus, a empresa responsável pelas experiências. Pé ante pé, aproximou-se das jaulas onde estavam os insetos aprisionados e, uma por uma, abriu as portas das gaiolas. Instantaneame nte, o alarme disparou e, quando o Pedro soltava as joaninhas, ouviu-se o barulho do puxador central de acesso ao laboratório. Eram os cientistas que tinham ouvido a sirene.
O sistema de segurança começou logo a funcionar e todas as saídas ficaram bloqueadas.
- E agora, por onde saímos? – interrogou-se o Pedro.
Foi então que os insetos, com o seu sentido de orientação muito apurado, descobriram uma conduta por onde podiam escapar e foi desta maneira que todos conseguiram sair do laboratório da ADNInsectus.

Texto coletivo (4.º H – EB1 com JI de Santa Rita – Lousã)

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