EB1 com JI de Santa Rita – Lousã
Texto original de Daniel
Cunha e Miguel Paulino (4.º A)
Era
uma vez um menino que se chamava James. Tinha 12 anos e dois grandes amigos. Certo
dia, como estava um pouco aborrecido, resolveu ir ao sótão da sua casa. Quem
sabe se ele não encontraria algo interessante. E não é que aconteceu mesmo
isso?! Descobriu um quadro que era um bocadinho estranho. Foi então que chamou
os seus amigos.
O
que o James e os seus amigos não sabiam é que o quadro era um portal mágico que
os levava para o mundo das fantasias. Eles encostaram-se ao quadro e, como por
magia, foram engolidos e transportados para uma outra dimensão.
No
interior da imagem pintada, tudo era feito de guloseimas da cor do arco-íris.
Os
rapazes ainda não queriam acreditar no que lhes estava a acontecer. Ao longe
eles viram um castelo muito grande, onde havia uma grande quantidade de robôs
que pareciam guloseimas.
-
Miam, miam! Aqueles robôs devem ser deliciosos – exclamou o James, lambendo os
cantos da boca.
-
Eu vou lá provar um bocadinho – adiantou-se logo o Carlos.
Quando
chegaram ao castelo, depois de darem alguma luta, os robôs acabaram todos por
ser comidos. Mas havia mais surpresas. No centro do castelo funcionava uma fábrica
de robôs-guloseima. Os amigos não resistiram e comeram mais uns quantos, mas
muitos dos robôs fugiram para o deserto, escapando ao apetite do James e dos
seus amigos.
O
James, o Carlos e o António queriam descobrir o mundo das fantasias e foi a
cantar que seguiram por um caminho feito de pentaminós com a forma de uma
serpente.
- Vamos
viajar pelo mundo! Lá lá lá lá lá! Vamos viajar pelo mundo das fantasias, ei!
Seguiam
felizes e despreocupados, quando, de repente, avistaram uma ilha no céu. O
António começou logo a pensar numa forma de lá chegar, enquanto o James
perguntou:
- Como
é que chegamos lá acima?
Eles
andaram, andaram, andaram muito, até que encontraram um tapete voador enrolado
e encostado a uma árvore que, para seu espanto, logo lhes disse:
-
Levo-vos para qualquer lado do mundo.
Os
rapazes nem queriam acreditar no que estavam a ver: um tapete a oferecer-lhes
boleia!
Ainda
mal refeitos do espanto, decidiram que o primeiro sítio que queriam visitar era
precisamente aquela ilha a flutuar no azul do céu.
- O
que haverá naquela ilha voadora? – questionou-se o Carlos.
Segurando
o mais que podiam as bordas do tapete voador, os três amigos rumaram em direção
à tal ilha.
Mal
chegaram, ficaram ainda mais entusiasmados, pois o circo tinha chegado à ilha e
estava prestes a começar o espetáculo. O apresentador chamava os espetadores
com uma voz grave:
- Venham
ver, venham ver o Circo Flip Flap, com o mais espetacular conjunto de números
do mundo e o super-palhaço e as suas piadas malucas!
Escusado
será dizer que não perderam pitada do grande espetáculo do Circo Flip Flap.
Terminadas todas as atuações, os três amigos quiseram seguir viagem, mas não
viram o tapete voador, pelo que pensaram logo que ele tinha fugido ou que tinha
sido roubado. Procuraram o tapete por tudo quanto era sítio, mas nada. Tinham
de sair da ilha voadora, mas nenhum deles queria saltar, pois seria perigoso.
- Já
viste, António? Estamos a uma altitude que nos impede de saltar. Precisamos de uma
ideia e depressa! - exclamou o Carlos. Pensou rapidamente e foi então que teve
uma ideia, mas não sabia se ia resultar ou não. O rapaz apresentou a sua ideia
aos amigos:
- E
se nós fizéssemos um paraquedas com a tenda do circo? - sugeriu o António.
- Boa
ideia, António! – gritaram em uníssono o Carlos e o James.
- Então
vamos lá fazer o paraquedas com a tenda do circo! – ordenou o António.
- A
ideia resultou, António! Agora vamos procurar o tapete voador – disse o Carlos.
Eles
andaram tanto que acabaram por descobrir o motivo do desaparecimento do seu
tapete: nada mais, nada menos do que um ladrão de tapetes voadores. Eles foram
a rastejar até ao seu esconderijo e, sem ele perceber, recuperaram o tapete
voador. A seguir, foram a voar até ao ponto de partida, no preciso local onde
toda esta história tinha começado. Transpuseram então o portal por onde tinham
entrado no mundo da fantasia, de volta para o mundo real, em que o verdadeiro
tesouro é o divertimento. Esta é uma aventura que ele nunca esquecerão.
No
dia seguinte, voltaram ao sótão, mas o quadro tinha desaparecido. Teria ele
alguma vez existido?
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