terça-feira, 8 de março de 2016

O Quadro Transportador (conto original)


EB1 com JI de Santa Rita – Lousã
Texto original de Daniel Cunha e Miguel Paulino (4.º A)

Era uma vez um menino que se chamava James. Tinha 12 anos e dois grandes amigos. Certo dia, como estava um pouco aborrecido, resolveu ir ao sótão da sua casa. Quem sabe se ele não encontraria algo interessante. E não é que aconteceu mesmo isso?! Descobriu um quadro que era um bocadinho estranho. Foi então que chamou os seus amigos.
O que o James e os seus amigos não sabiam é que o quadro era um portal mágico que os levava para o mundo das fantasias. Eles encostaram-se ao quadro e, como por magia, foram engolidos e transportados para uma outra dimensão.
No interior da imagem pintada, tudo era feito de guloseimas da cor do arco-íris.
Os rapazes ainda não queriam acreditar no que lhes estava a acontecer. Ao longe eles viram um castelo muito grande, onde havia uma grande quantidade de robôs que pareciam guloseimas.
- Miam, miam! Aqueles robôs devem ser deliciosos – exclamou o James, lambendo os cantos da boca.
- Eu vou lá provar um bocadinho – adiantou-se logo o Carlos.
Quando chegaram ao castelo, depois de darem alguma luta, os robôs acabaram todos por ser comidos. Mas havia mais surpresas. No centro do castelo funcionava uma fábrica de robôs-guloseima. Os amigos não resistiram e comeram mais uns quantos, mas muitos dos robôs fugiram para o deserto, escapando ao apetite do James e dos seus amigos.
O James, o Carlos e o António queriam descobrir o mundo das fantasias e foi a cantar que seguiram por um caminho feito de pentaminós com a forma de uma serpente.
- Vamos viajar pelo mundo! Lá lá lá lá lá! Vamos viajar pelo mundo das fantasias, ei!
Seguiam felizes e despreocupados, quando, de repente, avistaram uma ilha no céu. O António começou logo a pensar numa forma de lá chegar, enquanto o James perguntou:
- Como é que chegamos lá acima?
Eles andaram, andaram, andaram muito, até que encontraram um tapete voador enrolado e encostado a uma árvore que, para seu espanto, logo lhes disse:
- Levo-vos para qualquer lado do mundo.
Os rapazes nem queriam acreditar no que estavam a ver: um tapete a oferecer-lhes boleia!
Ainda mal refeitos do espanto, decidiram que o primeiro sítio que queriam visitar era precisamente aquela ilha a flutuar no azul do céu.
- O que haverá naquela ilha voadora? – questionou-se o Carlos.
Segurando o mais que podiam as bordas do tapete voador, os três amigos rumaram em direção à tal ilha.
Mal chegaram, ficaram ainda mais entusiasmados, pois o circo tinha chegado à ilha e estava prestes a começar o espetáculo. O apresentador chamava os espetadores com uma voz grave:
- Venham ver, venham ver o Circo Flip Flap, com o mais espetacular conjunto de números do mundo e o super-palhaço e as suas piadas malucas!
Escusado será dizer que não perderam pitada do grande espetáculo do Circo Flip Flap. Terminadas todas as atuações, os três amigos quiseram seguir viagem, mas não viram o tapete voador, pelo que pensaram logo que ele tinha fugido ou que tinha sido roubado. Procuraram o tapete por tudo quanto era sítio, mas nada. Tinham de sair da ilha voadora, mas nenhum deles queria saltar, pois seria perigoso.
- Já viste, António? Estamos a uma altitude que nos impede de saltar. Precisamos de uma ideia e depressa! - exclamou o Carlos. Pensou rapidamente e foi então que teve uma ideia, mas não sabia se ia resultar ou não. O rapaz apresentou a sua ideia aos amigos:
- E se nós fizéssemos um paraquedas com a tenda do circo? - sugeriu o António.
- Boa ideia, António! – gritaram em uníssono o Carlos e o James.
- Então vamos lá fazer o paraquedas com a tenda do circo! – ordenou o António.
- A ideia resultou, António! Agora vamos procurar o tapete voador – disse o Carlos.
Eles andaram tanto que acabaram por descobrir o motivo do desaparecimento do seu tapete: nada mais, nada menos do que um ladrão de tapetes voadores. Eles foram a rastejar até ao seu esconderijo e, sem ele perceber, recuperaram o tapete voador. A seguir, foram a voar até ao ponto de partida, no preciso local onde toda esta história tinha começado. Transpuseram então o portal por onde tinham entrado no mundo da fantasia, de volta para o mundo real, em que o verdadeiro tesouro é o divertimento. Esta é uma aventura que ele nunca esquecerão.

No dia seguinte, voltaram ao sótão, mas o quadro tinha desaparecido. Teria ele alguma vez existido?

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