terça-feira, 1 de março de 2016

As agentes secretas - Amazónia em perigo (conto original)


EB1 com JI de Santa Rita – Lousã – 4.º A
Texto original de Catarina Elisa Antunes Bruno
e Beatriz Raquel Coelho das Neves


Duas agentes secretas são chamadas à selva da Amazónia para resolver um caso muito problemático. Uma das meninas chama-se Isabela e a outra Carolina. A Isabela, que é muito corajosa, andou e andou, até que encontrou uma cabana. A noite caiu, entretanto, e, cansada, a rapariga adormeceu.
No dia seguinte, ela acordou com um grupo de pessoas à sua volta. Pertenciam à Tribo Kuikura e formavam um círculo de fogo, não deixando a Isabela escapar. Desesperada, sem saber o que fazer, a rapariga já não acreditava poder sair dali com vida. Foi então que, do nada, apareceu a sua amiga Carolina pendurada numa escada de corda. Um helicóptero tinha-a trazido até àquele local para salvar a sua amiga. Já no interior do helicóptero, as duas agentes secretas andaram à procura de uma gruta onde estava escondido um cristal muito valioso. Esta era a missão que lhes tinha sido confiada: encontrar esta pedra preciosa capaz de proteger as árvores da floresta amazónica. Passaram por armadilhas e mais armadilhas, mas, a certa altura, acabaram por cair num buraco grande.
– O que fazemos? Tens material para nos tirar daqui? É que eu não tenho nada comigo – disse a Isabela.
– O que aquilo? É uma luz? - perguntou a Carolina.
– Vamos lá ver! – respondeu a Isabela.
Seguiram na direção da luz, penetrando cada vez mais naquele buraco que, afinal, era uma galeria que parecia não ter fim. Andaram durante um longo período de tempo, até que chegaram a uma gruta.
Sabem que gruta era? Adivinham? Pois era a gruta do cristal valioso! Elas encontraram o cristal valioso, mas aconteceu uma coisa que elas não esperavam. Apareceu um macaco chamado Mico, que lhes perguntou:
– O que fazem aqui?
– Nós vamos para a nossa cabana – responderam prontamente a Carolina e a Isabela ao mesmo tempo.
Dormiam tranquilamente no interior da cabana, quando, subitamente, acordaram com um barulho esquisito.
Algo de anormal estava a acontecer à sua volta: as árvores estavam a desaparecer rapidamente sem que ninguém soubesse como. Perceberam também que a tribo Kuikura tinha seguido o rasto delas e que estavam a queimar a cabana com os seus paus de fogo. Elas lutaram com todas as suas forças, até que conseguiram escapar à única tribo que havia naquela selva. A sua cabana estava toda ardida.
– O que fazemos? – perguntou a Carolina.
– Nada. Já não há nada a fazer – disse a Isabela. Foi então que, no meio das cinzas, surgiu uma palavra feita de brasas que as duas raparigas não conheciam:
– Patatu? O que raio quer esta palavra dizer? – interrogou-se a Isabela.
Ao dizer esta palavra, aconteceu um milagre: libertado pela palavra mágica, apareceu uma espécie de espírito. Um espírito bom, tendo em conta o seu aspeto.
– O que querem vocês, minhas meninas bonitas?
– Nós… nós… não… que… queremos fazer mal. Vamos já embora daqui – gaguejou a Carolina.
– Esperem! Eu chamo-me Patatu e a minha função é ajudar as pessoas – disse o espírito com um ar fofo e um sorriso na cara, para que as meninas não tivessem medo dele.
– OK! Queres juntar-te a nós nesta aventura? – perguntou a Isabela.
- Sim! Pode ser.
Elas e o espírito continuaram a sua viagem. Entretanto, encontraram o seu helicóptero.
- Olha, é o nosso helicóptero! – disseram as duas ao mesmo tempo.
– E tu, Patatu, vens connosco? – perguntou a Carolina.
– Sim, eu vou convosco.
– Olha, Patatu, tu que és um espírito, não podes desaparecer e depois encontras-nos em nossa casa? É que o nosso helicóptero demora dez minutos a chegar a nossa casa.
– OK. Até daqui a dez minutos – disse o espírito.
Aconteceu então algo que as duas raparigas não esperavam: o seu helicóptero caiu na costa, mas, felizmente, elas escaparam ilesas e nadaram até estarem em terra firme.
Já recompostas, as duas decidiram que estava na hora de salvar as árvores da Amazónia, pois, caso contrário, em pouco tempo, aquele que é considerado o pulmão do mundo desapareceria.
Para que a floresta fosse salva, o cristal teria de ser colocado no ponto mais alto da Amazónia.
- Mas como é que fazemos isso? Já não temos o helicóptero – lamentou-se a Isabela.
- Já sei! – exclamou a Carolina – E se pedíssemos ao Patatu para ele fazer isso por nós?
- Boa ideia, Carolina!
E foi assim que Patatu colocou o cristal no ponto mais alto da Amazónia, protegendo para sempre as árvores e fazendo renascer em poucos minutos aquelas que haviam sido cortadas.

Missão cumprida. As duas agentes, ajudadas por um espírito, tinham devolvido a esperança a todos os habitantes da Terra.

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