EB1 com JI de Santa Rita – Lousã
Esta é a história de um senhor que passava o
seu tempo a cultivar alimentos. Um dia, sem que ninguém previsse, passou pela sua
casa e horta um grande furacão. Naturalmente, quando o senhor Diogo – assim se
chamava o nosso agricultor - foi à horta, ele ficou arrasado por não encontrar nada
daquilo que, na véspera, era o seu orgulho e fruto do seu esforço.
- Ai meu Deus, a minha casa e a minha horta
foram levadas por um furacão! – assim se lamentava o senhor Diogo, acreditando
que a esta hora, habitação e horta já teriam chegado à China.
Tratou logo de chamar os amigos: o mágico, o cavaleiro
e o cientista. E lá foram todos para junto do senhor Diogo. Prepararam as malas
e lá seguiram o seu palpite: apanharam um avião direto para a China! Ao fim de
muitas horas de voo e depois de apreciarem a Grande Muralha da China, viram
finalmente o que tanto procuravam:
- Ali estão a casa e a horta, vamos lá! – exclamou
o senhor Diogo.
Chegados ao local, o senhor Diogo, o mágico, o
cavaleiro e o cientista preparavam-se para entrar na casa, quando alguém
gritou:
- Não podem entrar! – eram os chineses. Um
deles ainda acrescentou:
- Desafio um de vocês para um combate de karaté
e quem ganhar recebe a horta e a casa. O combate começa daqui a três dias.
Quando chegou o dia do desafio, o mágico fez
uma magia e… abracadabra! O senhor Diogo tinha um escudo invisível que o
protegia de qualquer agressão. Por mais poderoso que fosse o seu adversário e
por mais que lhe batesse, nada aconteceria ao senhor Diogo. E assim aconteceu.
Vencido pelo cansaço, o chinês acabou por desistir, mas como tinha mau perder,
respondeu desta forma:
- Não te vou devolver a tua casa e a horta!
O mágico voltou a intervir, transformando o
guerreiro chinês num querido, fofo e inofensivo panda e foi assim que
recuperaram a casa e a horta em definitivo.
Quando chegou a casa, o senhor Diogo ficou
desolado com o que viu: na horta estava tudo murcho. O mágico não resistiu e,
mais uma vez, voltou a usar a varinha de condão e… abracadabra! A horta ficou
viçosa como era.
Entretanto, o senhor Diogo e os seus amigos
foram descobrindo os encantos daquela terra longínqua. A tal ponto que acabaram
por querer viver para sempre naquele país asiático. O mágico fez um escudo à
volta da horta e da casa e, desta forma, resolveram um problema que os
apoquentava: os altos índices de poluição. Assim, a horta e a casa ficaram
protegidas numa primeira fase.
A seguir, foi a vez de o cientista fazer alguma
coisa: num abrir e fechar de olhos, construiu uma máquina para acabar de vez
com a poluição. O governo chinês ficou eternamente agradecido ao cientista. Por
sua vez, o cavaleiro foi convidado a dar aulas de equitação aos chineses, já
que andar a cavalo era bem mais ecológico do que usar o automóvel.
Quanto ao senhor Diogo, apostou ainda mais na
agricultura, especialmente na produção de arroz biológico. E foi um sucesso, já
que não há chinês que não goste de arroz. Abriu também um restaurante, onde,
certo dia, aconteceu uma coisa divertida: não é que um dos seus clientes estava
a comer uma deliciosa sopa de peixe e, sem mais nem menos, o principal
ingrediente saiu disparado para o ar!? O Diogo ainda tentou apanhar o peixe
para o devolver ao cliente do restaurante, mas por mais que tentasse não
conseguiu. Foi outra vez precisa a intervenção do mágico para resolver a
situação. Abracadabra! O peixe ficou preso numa bolha de água e, a voar, foi
parar ao rio mais próximo.
Seja como for, a vida correu às mil maravilhas
a estes amigos. Bendito aquele furacão que levou a casa e a horta do senhor Diogo
para o outro lado do mundo!
Sem comentários:
Enviar um comentário