EB1
com JI de Santa Rita – Lousã
Texto e desenho originais de Francisco Pereira
e
Martim Martins (4.º A)
Era uma vez, há muito tempo, um cientista camponês que gostava de fazer descobertas malucas. Certo dia, fez uma descoberta sensacional: uma cura para a vida de milhões de pessoas, mas, se caísse nas mãos erradas, as consequências poderiam ser desastrosas.
Passaram muitos anos e a descoberta acabou por cair no esquecimento. Até que foi encontrada por um malfeitor mais conhecido como o “Dominador'' que vivia num castelo sombrio. No seu interior, passava o tempo a criar imensos soldados robóticos dotados de alto armamento.
Entretanto, numa aldeia desconhecida, dois meninos brincavam felizes da vida. Um chamava-se Francisco e o outro Martim. Um dia, os pais decidiram ir para a cidade e por lá ficaram algum tempo, deixando os rapazes à vontade.
Aproveitando a ausência dos pais, os dois meninos foram dar um passeio, fora da cidade. Andaram e andaram, até que encontraram um lugar muito bizarro e sombrio. Mais espantados ficaram quando deram de caras com um castelo ainda mais escabroso.
- Ei, Francisco! Não achas que nos afastámos demasiado de casa? É que este sítio dá-me cá uns arrepios.
- Não sei, Martim. Talvez tenhas razão, mas eu gosto de aventuras.
- Vá, anda! Vamos entrar no castelo – sugeriu o Martim, a tremer que nem uma gelatina.
Estavam os dois no interior do edifício, quando o Francisco também se deixou apoderar pelo medo e começou a gaguejar:
- Acho... cho... cho que po… podíamos voltar para trás.
- Acho que sim. Ninguém nos obriga a avançar – respondeu o Martim.
- Ok, vamos a isso.
Estavam decididos a deixar aquele local, mas agora não conseguiam encontrar a porta da saída. Passaram por todas as divisões, todos os corredores, mas não havia qualquer forma de sair. E o tempo foi passando, até que...
- Aaaaaaaaaaahhhhhhh!!! – gritaram os dois em simultâneo. Logo de seguida, os dois caíram e ouviu-se um som estranho em tudo semelhante a um estrondo.
- Ai! Mas onde é que estamos, Francisco?
- Não sei, mas no ponto em que estamos, só podemos investigar esta mancha preta com torres.
- OK. Vamos continuar. Pode ser que encontremos algo.
Os dois tinham já percorrido uma série de túneis em tudo iguais, quando ouviram dois gritos:
- Soooocoooooorrooooooo!!!
- Ei, tu ouviste o mesmo que eu, Martim?
- Vamos ver o que se passa!
Foi então que, vinda do nada, se ouviu uma voz, a mesma do pedido de socorro:
- Ajudem-nos! - À frente do Francisco e do Martim estavam duas raparigas e logo perguntaram-lhes:
- Quem são vocês?
- Ajudem-nos! Eu sou a Joana e ela é a Matilde. Estamos aqui presas desde 2014.
- Venham connosco! – ordenou o Francisco.
Depois de libertadas, as duas raparigas foram com eles, mas, mal começaram a recuar, apareceu um dos robôs do exército do "Dominador".
- Ei, o que é aquela máquina com um ar ameaçador? – perguntou o Martim.
- É mais uma das invenções do "Dominador" – respondeu a rapariga mais velha.
- Quem é o "Dominador"? – questionou o Francisco.
- É um homem que quer dominar o mundo – esclareceu a menina mais nova.
Os quatro desataram a fugir, tentando escapar àquela máquina infernal. O robô estava praticamente a apanhá-los quando, de repente:
- Corta! – gritou alguém com um ar muito zangado.
Foi então que o robô se desligou e um círculo de pessoas formou-se à volta das quatro crianças.
- Mas quem são vocês e o que fazem aqui? – perguntou um senhor mal-humorado, com uma boina na cabeça, um charuto no canto da boca e um megafone na mão.
- Nós somos o Francisco e o Martim. E vocês, quem são?
- O meu nome é Roberto Spagheti!
- Roberto Spagheti, o célebre realizador? – perguntou o Francisco, boquiaberto.
- Em carne e osso. Posso saber por que motivo estragaram a minha cena?
- Cena? Mas então isto é um filme? Acho que cometemos aqui um grande erro. Aceite as minhas desculpas, Sr. Roberto Spagheti – respondeu o Martim muito envergonhado.
Foi assim que, depois de desculpados, os dois rapazes ficaram a assistir ao resto das filmagens e, no fim, ainda levaram um dvd para casa com a cena da perseguição em que participaram. Tão cedo não esqueceriam o que lhes acontecera.
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