Desenho de Cátia Ferreira
Há muito, muito tempo, numa altura
em que havia oxigénio no espaço, um menino chamado Pedro passava muito do seu
tempo a descobrir planetas e a conversar com as estrelas.
Certo dia, o rapaz ouviu um pedido de socorro que vinha
da Terra. Aproximou-se do planeta e ficou a saber que os insetos precisavam de
ajuda, pois estavam a desaparecer.
Além de conhecer a língua das estrelas, o Pedro também
sabia comunicar com os insetos. Junto de um grupo de borboletas, fez a seguinte
pergunta:
- O que se passa convosco? Porque me pediram ajuda?
- Os humanos andam a apanhar-nos a todas e a fazer
experiências horríveis connosco – respondeu, soluçando, a Arco-Íris, uma bonita
borboleta com as mais belas cores alguma vez vistas.
- Mas que tipo de experiências são essas? – perguntou o
Pedro.
- Os homens querem o nosso ADN para saberem as nossas
fraquezas. Também ouvimos dizer que querem misturar o nosso ADN com o dos
humanos e assim permitir aos homens e mulheres voarem como nós.
- O quê?! Mas que estupidez! Vou impedi-los de fazerem
tamanha barbaridade! – exclamou o Pedro.
E lá foi o rapaz, a alta velocidade, em direção a um
laboratório subterrâneo, onde os humanos tinham feito reféns borboletas,
abelhas, mosquitos, melgas, moscas e todo o tipo de insetos que existiam na
Terra.
Furtivamente, o Pedro penetrou nas instalações da ADNInsectus,
a empresa responsável pelas experiências. Pé ante pé, aproximou-se das jaulas
onde estavam os insetos aprisionados e, uma por uma, abriu as portas das
gaiolas. Instantaneame nte, o alarme disparou e, quando o Pedro soltava as
joaninhas, ouviu-se o barulho do puxador central de acesso ao laboratório. Eram
os cientistas que tinham ouvido a sirene.
O sistema de segurança começou logo a funcionar e todas
as saídas ficaram bloqueadas.
- E agora, por onde saímos? – interrogou-se o Pedro.
Foi então que os insetos, com o seu sentido de orientação
muito apurado, descobriram uma conduta por onde podiam escapar e foi desta
maneira que todos conseguiram sair do laboratório da ADNInsectus.
Texto coletivo (4.º
H – EB1 com JI de Santa Rita – Lousã)
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