No dia 2 de
fevereiro, as duas turmas do 3º ano e o 4ºH resolveram descobrir o que a Lousã
tem de mais belo para mostrar.
Em primeiro lugar,
visitámos a Casa da Quinta de Santa Rita, uma das muitas casas senhoriais existentes
no nosso concelho. Reparámos no pormenor das cantarias das janelas talhadas em
pedra e nas conchas ou vieiras, sem esquecer o brasão da família proprietária daquela
casa construída em 1789.
Aprendemos que a
imagem de Santa Rita de Cássia, venerada em Itália, foi trazida para a Lousã
por uma família daquele país mediterrânico.
Mais à frente, vimos
as instalações da Fábrica de Alcatifas, em tempos uma das mais importantes no
concelho. Por isso foi dado o nome do industrial José Carvalho a uma rua.
A seguir, rumámos ao
centro da vila e passámos pelo antigo consultório do Dr. Alcino Simões Lopes,
mais conhecido por ser o médico dos pobres, uma vez que ele não cobrava nada
aos mais necessitados. Por esse motivo, este ilustre lousanense tem uma estátua
no jardim municipal.
Ali perto fica a
biblioteca municipal que tem o nome de outra personalidade lousanense, o do
comendador Montenegro. Foi graças a este
benemérito que a Lousã teve o seu primeiro hospital, teatro e biblioteca.
Seguidamente,
apreciámos os candeeiros dos paços do concelho desenhados por Carlos Reis, o
mesmo autor do quadro “A Lenda da Princesa Peralta”, que está exposto no salão
nobre. Vítor Maia e Costa da Biblioteca Municipal, recebeu-nos naquele espaço e
contou-nos uma das muitas versões da lenda da princesa Peralta. Em frente ao
quadro de Carlos Reis, está uma outra tela do seu filho, João Reis. Trata-se de
um tríptico (três partes, em que estão representados os valores do trabalho,
família e religião). Vítor Maia e Costa
também nos explicou o significado do brasão da Lousã. Aprendemos assim que os
quatro castelos se referem a uma vila e que o rodízio significa que a Lousã
está ligada à produção de papel. O molho de trigo quer dizer que o nosso
concelho é fértil e que a agricultura é uma das principais ocupações da população.
Os cursos de água, entre os quais o rio Ceira, também estão representados no
brasão.
Outro monumento que é
obrigatório visitar é o pelourinho situado nas traseiras dos paços do concelho.
Foi graças ao professor Álvaro Viana de Lemos, outro ilustre lousanense, que
este marco de pedra foi recuperado. Uma nota curiosa: a ponta do pelourinho,
que é constituída por quatro faces, andou a servir de badalo a um sino.
A terminar a nossa
visita, passámos pela Igreja Matriz que foi construída entre 1872 e 1882, mas
só em 1921 é que ela ficou concluída.
Apreciámos ainda
aquele que é considerado o monumento mais antigo da Lousã: a capela da Misericórdia,
que data de 1568. Uns metros acima, encontramos o Palácio dos Salazares ou da
Viscondessa do Espinhal, agora transformado num hotel. Foi naquele edifício do início
do século XIX que esteve hospedado o Duque de Wellington. Foi este inglês que
comandou as tropas luso-inglesas contra os soldados franceses, derrotando-os em
Foz de Arouce, em 1811.
Antes de regressarmos
à escola, observámos ainda as belas fachadas da casa nobre setecentista da
família dos Almeidas Serras e da Quinta do Cano.
4.ºH - EB1 com JI de Santa Rita