domingo, 24 de maio de 2009

Entrevista com a ilustradora Danuta Wojciechowska


Danuta Wojciechowska é uma das ilustradoras mais requisitadas do momento. Escritores como o Mia Couto, António Mota, José Jorge Letria e Ondjaki fazem questão de ser esta artista plástica a dar cor aos seus livros. Reproduzimos aqui uma entrevista em vídeo (publicada originalmente em www.jornaltrevim.blogspot.com), onde poderão ficar a conhecer melhor Danuta Wojciechowska.
A entrevista foi gravada na Lousã, a 9 de Maio de 2009, no decorrer da Festa da Educação, numa organização da Câmara Municipal da Lousã.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

"A Que Sabe a Lua", de Michael Grejniec, em teatro de sombras


"A Que Sabe a Lua" é uma pérola de livro, da autoria de Michael Grejniec. O 1.º B e o 2.º E da EB1 de Santa Rita adaptaram esta belíssima história para um teatro de sombras, que foi apresentado em Maio de 2009, na Biblioteca Municipal da Lousã, no âmbito da Festa da Educação, evento organizado pela Câmara Municipal da Lousã.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O Carnaval/Entrudo integrado no Projecto “A Minha Aldeia - Tradições”


Resultado das entrevistas aos avós

No decorrer deste período do Carnaval, as crianças levaram para casa uma Entrevista para os avós, que consistia em descobrir como era vivido pelos avós/bisavós o Carnaval antigamente, para assim o podermos vivenciar no espaço pedagógico.

Uma das respostas mais comuns foi que, como havia pouco dinheiro, as pessoas divertiam-se a pregar partidas umas às outras e sobretudo aos vizinhos, fazendo as chamadas Partidas de Carnaval.

“PARTIDAS DE CARNAVAL” – termo utilizado na altura para caracterizar as brincadeiras que se faziam durante o período do CARNAVAL/ENTRUDO, houve uma avó que disse que nessa época todas as brincadeiras eram permitidas, eram outros tempos!

PARTIDAS DE CARNAVAL

O que se fazia?

Bater às portas e fugir;

Fazer espantalhos e colocar atrás das portas, ou nas entradas das casas;

Colocar arruda (planta com cheiro muito intenso) ou cacos velhos nas entradas das casas ou nas escadas;

Trocar vasos de flores que estavam em varandas/escadas com os dos vizinhos.

Esconder objectos às pessoas mais velhos, como: vassouras, utensílios agrícolas. etc. ;

Como se vestiam?

Para “jogar ao Entrudo”, termo que era utilizado na altura, vestiam roupas velhas e rasgadas, lençóis velhos, fatos de macaco, qualquer trapo ou roupa que já não se usava, servia para os Entrudos se vestirem.

Na cabeça colocavam lenços ou chapéus, e o rosto era tapado com panos. Também pintavam a cara e as mãos com carvão para não serem reconhecidos, geralmente, as raparigas vestiam-se de rapazes e os rapazes vestiam-se de raparigas e formavam “ranchos”, com o objectivo de fazer partidas.

Também, neste período, sobretudo na terça-feira de Carnaval, era hábito as mulheres vestirem um fato de gandareza, e os homens um fato de campino. O fato de gandareza era composto por:

Saia preta rodada (curta ou comprida), com uma barra, geralmente enfeitada a gosto, utilizando-se fitas, espiguilhos, lantejoulas, veludos, cetim, etc., para o efeito. Sobre a saia era colocado um pequeno avental.

Vestiam também blusa branca e cachené aos ombros, e na cabeça usavam um lenço regional de franja e sobre o lenço um “caneco”, ou seja um pequeno chapéu preto, redondo, geralmente de veludo, que também podia ser enfeitado a gosto.

Usavam meia branca rendada até ao joelho e nos pés uns tamancos pretos.

Os homens usavam calça preta comprida ou curta, faixa vermelha à cintura e camisa branca. Nos pés usavam tamancos e calçavam meia branca rendada. Na cabeça um barrete de campino ou chapéu de aba larga.

Havia também quem vestisse fatos regionais (pescadores da Nazaré, campinos de Santarém, etc.).

As pessoas juntavam-se formando grupos, a que denominavam de “ranchos”, e percorriam a aldeia e os lugares próximos, levando merendas, para no final conviverem em grupo.

COMO REVIVEMOS ESTA TRADIÇÃO NO JARDIM DE INFÂNCIA?

Após a recolha efectuada, os familiares organizaram-se no sentido de enviarem os seus educandos trajados “à moda de antigamente”.

Diariamente as crianças traziam de casa registos de situações interessantes, como a avó que procurou no baú o traje de gandareza com que vestiu a sua filha (mãe de uma criança), e que não encontrando o “caneco” e o lenço, depois pediu emprestado a uma outra mãe, que logo se disponibilizou, e era ver a cara de alegria da criança no dia da nosso desfile de trajes, no Carnaval, vestindo o fato que outrora a mãe quando tinha 5 anos, também vestiu num Carnaval da aldeia.

A mãe que pediu emprestadas as calças de um vizinho mais velho, que quando era mais pequenino também trajou num Carnaval “à moda antiga”.

Uma avó fez de propósito um fato de camponesa para a sua netinha de 3 anos vestir e outra avó que se preocupou em arranjar um fato regional de Peixeira da Nazaré, para a sua neta, estes e outros episódios foram engrandecendo esta caminhada do projecto em termos do aprofundamento das relações humanas, sobretudo escola-familia, família-vizinhos-amigos, comunidade educativa, assim com de valores como a partilha, a solidariedade e também o enriquecimento e valorização das tradições e património cultural.

O culminar deste projecto que foi vivido com a comunidade educativa e as crianças da EB1, no pátio exterior dos estabelecimentos de ensino, consistiu num Desfile de Trajes, em que cada criança teve de explicar aos colegas/adultos o significado do seu traje. Também a Educadora de Infância, Professoras e Auxiliares trajaram à moda antiga explicando às crianças o significado dos seus trajes, enriquecendo-nos deste modo todos, mutuamente. As imagens elucidam a vivência pedagógica


Emília Taborda (Educadora no Jardim-de-Infância das Levegadas)

Projecto “Amazónia” - A mais bela floresta do mundo


O Projecto Índios da Amazónia insere-se no projecto global “Oceanos e Continentes … Terras, Mares e Gentes”. Este projecto teve inicio no ano lectivo 2007/2008 e continua a motivar e a envolver as crianças de tal forma que se prolongou no tempo.
Este projecto tem por objectivo sensibilizar a comunidade para a necessidade de protecção urgente de uma das maiores florestas do mundo.
As crianças aprenderam conceitos geográficos através da utilização de mapas, planisférios e globos e sabem situar a Amazónia na América do Sul. Conhecem o rio Amazonas, as tribos de índios, o nome dos animais em vias de extinção e as suas características; bem como os frutos exóticos, como o cupuaçu.
Conhecendo bem as ameaças à floresta Amazónica as crianças fizeram um folheto de “Boas Práticas”, que distribuíram aos colegas e aos pais de forma a sensibilizar para o perigo da destruição desta enorme floresta.
As crianças construíram um jogo, do qual fazem parte árvores, frutos, animais, tribo, rio Amazonas entre outros, todos eles com materiais recicláveis, contando com a colaboração dos Pais neste projecto.
Este jogo possibilitou o intercâmbio entre o J.I e o 1º CEB, tendo participado as turmas do 1º ano. Participaram também os colegas do J.I.
Este projecto vai culminar no inicio do 3º Período com uma exposição sobre a Amazónia, que será aberta às famílias.

Meninos e meninas da sala nº 1 (JI Santa Rita)

Aprender a brincar com as AEC's


AEC´S É QUE É foi uma actividade que se realizou no Parque de Exposições da Lousã.

Nós participámos, claro…adoramos brincar; a escola não é só trabalho! E também se aprende a brincar.

AEC são actividades que enriquecem o currículo, tal como o nome indica.

Na escola, temos AEC de Música, de Inglês, de Actividade Desportiva e de Apoio ao Estudo.

No dia 27 de Março fomos brincar nas diversas actividades que os professores das AEC nos proporcionaram.

Do que mais gostámos foi da parte do Desporto mas gostaríamos de ter estado lá mais tempo. Foi tudo a correr. Propomos, que no próximo ano, sejam mais dias para podermos participar em todas as actividades.

1º B (EB1 de Santa Rita)

À conversa com Nelson Évora - Nos intervalos da Escola “era bastante traquinas”

Não é todos os dias que se fala com um campeão olímpico. Os meninos e meninas do 1.º C da EB1 de Santa Rita apresentam em exclusivo esta entrevista com Nelson Évora

Gatafunho - Que recordações guardas da tua primeira participação nos Jogos Olímpicos?
Nelson Évora - A primeira participação nos jogos olímpicos foi muito emocionante, pois era a minha primeira grande competição. Apesar de me ter apresentado lesionado, guardo muito boas recordações de tudo o que vivi na altura.

Que tipo de aluno eras na escola?
Era um aluno interessado, curioso e motivado para aprender. No intervalo era bastante traquinas!

O que recordas desse tempo?
Guardo boas recordações tanto da escola, como da minha primeira professora e dos meus colegas. Alguns ainda hoje são meus amigos.

Quantos países já visitaste?
Já percorri muitos países, pois as nossas competições são em locais tão diversificados, como Jamaica, Brasil, China, Espanha, entre muitos outros. Ao certo não sei quantos países conheço.

Ainda estudas?
Estou a tirar a licenciatura de Marketing e Publicidade e, quando terminar a minha carreira desportiva , gostaria de trabalhar na área de marketing.

O que fazes quando quando não saltas?
Gosto muito de estar com os meus amigos, ir ao cinema, pesquisar na Internet, ouvir música, entre outras coisas.

Que livro estás a ler neste momento?
Estou neste momento a ler “A Praia do Destino”, de Anita Shreve .

O que é preciso para ser um atleta como tu?
Acima de tudo tem de ter grande espírito de sacrifício, disciplina e, naturalmente, um bocado de talento.

Como é um dia na vida do Nelson Évora?
O meu dia divide-se em aulas de manhã, almoço, treino e estudo. Como sou disciplinado, o meu tempo dá para tudo.

Biografia

Nelson Évora (Costa do Marfim, 20 de Abril de 1984) é um atleta português de origem cabo-verdiana. É especialista em triplo salto, mas também pratique salto em comprimento. Atleta de alto nível internacional, representa o Sport Lisboa e Benfica e já representou Portugal em várias provas internacionais. Foi campeão do mundo do triplo salto em 2007 e medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

Recordes

É recordista nacional de triplo salto, com a marca de 17,51 metros. No salto em comprimento, o seu recorde pessoal é de 8,10 m. Nelson Évora apresentou uma evolução enorme no ano de 2007, tendo batido três recordes de triplo salto nesse ano, um recorde de salto em comprimento e também a medalha de ouro em Osaka 2007 com uma marca de 17,74m. Foi Campeão Olímpico em Pequim 2008, tendo atingido a marca de 17,67 m.

Quem disse que a poesia é uma seca (2)

A Poluição

Ribeira ao pé da feira,

poluição não é solução,

eu vou tomar banho ao rio

e fico cheio de frio.

Os carros

Fazem poluição no ar.

As pessoas sem brio,

Poluição no chão.

Apetece perguntar.

Quando é que isto vai parar?

No chão e no ar

Há muita poluição,

O que podemos nós fazer

para ajudar?

Manuel e José (4.º J - EB1 de Santa Rita)


Os poemas

À beira do rio

eu tenho muito brio

A feira está

ao pé da ribeira

Para a poluição

há sempre uma solução

Na natureza

Há muita beleza.

A Ana gosta

de banana

O Francisco gosta de

macacos

O Manuel tem

um anel

A Daniela gosta

de canela

O Fábio tem

um papagaio.

A cartolina está

na janelinha

A capa tem

um mapa

A caneta está

na maçaneta.

Eu vou pegar as

uvas com as luvas

As minhas calças

de ganga tem uma

nódoa de manga

As pêras nascem

numa pereira.

O chapéu foi a

voar para o céu

O caracol anda

sempre ao sol

De noite o céu

está estrelado

O céu de manhã

está azulinho

A lua a noite

está amarelinha.

Bruno e Beatriz (4.º J - EB1 de Santa Rita)



Quem disse que a poesia é uma seca?

Aqui ficam uns poemas da autoria dos alunos do 4.º H e 4.º J, a provar que a poesia pode ser bem divertida.


Era uma vez um camarão


Era uma vez um camarão

Que gostava muito do Verão

Que foi à praia e apanhou um escaldão


Era uma vez um v

Muito chorão

Porque levou um estaladão.

Ai que charlatão

O esperto abelhão

Que enganou o macacão

Que saiu pelo narigão.

Naquele panelão

Há um grande batatão

Muito apetitoso

Para qualquer batalhão.

Era uma vez um compadre

Que deu ao irmão

Um lindo cão

Embrulhado num papelão.


Poemas escritos pelos alunos do 4.º H de Santa Rita, à semelhança do livro “À Esquina da Rima Buzina”, de António Torrado, no âmbito do Plano Nacional de Leitura. Os alunos leram, gostaram e recomendam.


Uns Sim, outros não


Era um gato

E era um dragão

Viviam os dois

No mesmo chão

Era uma ovelha

E era uma girafa

Não cabem os dois

Na mesma garrafa

Era uma melga

E era um lama

Lutavam os dois

Pela mesma dama

Era uma pêra

E era um mamão

Cantavam os dois

A mesma canção

Era o Sol

E era a Lua

Andavam os dois

Pela mesma rua

Era uma madrinha

E era um padrinho

Andavam os dois

No mesmo carrinho

Era uma maçã

E era um limão

Caíram os dois

No rés-do-chão

Era um abacaxi

E era um melão

Escorregaram os dois

Pelo corrimão


O José disse:

Vai para lá

E depois disse:

Está engraçado não está?

Gabriel Lopes (4ºH)